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Tolerância e Dependência

Com a administração frequente e repetida de doses terapêuticas de opioides, verifica-se uma perda gradual da sua eficiência. Essa perda de eficiência é denominada tolerância. Consequentemente, para reproduzir a resposta original é necessária a administração de uma dose mais alta de fármaco. Juntamente com a tolerância ocorre o desenvolvimento de dependência física (síndrome de abstinência) [9].

 

O mecanismo de desenvolvimento da tolerância e da dependência física não está bem elucidado, porém a ativação persistente dos recetores µ parece desempenhar um papel primário na sua indução e manutenção.

Como existem diferenças farmacológicas entre os vários opioides são também observadas diferenças na dependência psicológica e na gravidade dos efeitos da abstinência: a propensão à dependência física e psicológica dos opioides agonistas parciais-antagonistas parece ser menor do que a dos agonistas potentes [9].

A tolerância desenvolve-se mais rapidamente quando administradas grandes doses a intervalos curtos, enquanto é minimizada pela administração de pequenas doses a intervalos maiores.

Pode verificar-se o desenvolvimento de tolerância pronunciada aos efeitos analgésicos, sedativos e de depressão respiratória [9].

[9] Katzung B, Trevor A. Basic & Clinical Pharmacology, Thirteenth Edition, SMARTBOOKTM: McGraw-Hill Education; 2014.​

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